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quinta-feira, 4 de agosto de 2016
matéria RODRIGO CAETANO FALA SOBRE CONTRATAÇÕES E REFORMULAÇÕES NO ELENCO DO FLAMENGO
Em termos de estratégia, o importante foi negociarmos/realocarmos os jogadores que na época não faziam parte do elenco sem prejuízo financeiro nas operações, viabilizando com isso a chegada dos atletas contratados. No início de 2015 foram 26 atletas no total, caindo para 16 no início de 2016 e com previsão de no máximo termos 8 atletas nessa situação, ao final desse ano. Esse trabalho gerou uma economia em torno de R$ 8,5 milhões por ano. Isso sem falar nas vendas de Samir, Cáceres, Kayke e Wallace, que não estão nessa conta, pois entram na rubrica contábil de venda de atletas. Paralelamente a isso, a tentativa sempre foi de qualificar o elenco através da desoneração desses muitos atletas e também de vendas. Dentre os muitos atletas que chegaram estão Marcelo Cirino, Emerson Sheik, Ederson, Alan Patrick, Paolo Guerrero, Alex Muralha, Mancuello, Cuellar, William Arão, Rodinei, Juan, Fernandinho, Réver, Rafael Vaz, Donatti, Leandro Damião e por último, Diego. Isso para citar alguns. Lembrando que, mesmo após minha chegada em dezembro de 2014, algumas contratações já haviam sido sacramentadas e apenas foram concluídas. Algo fundamental a ser registrado também é a manutenção das jovens promessas da Base, com as renovações/prorrogações dos contratos, garantindo assim o patrimônio do Clube. Nesses dois anos podemos citar Jorge, Jajá, Thiago, Léo Duarte, Ronaldo, Matheus Sávio, Lucas Paquetá e Felipe Vizeu, entre outros. Além do monitoramento constante dos contratos de todos aqueles que nem chegaram ao profissional ainda.
O diretor falou ainda sobre o aumento da folha salarial após as contratações de Donatti, Leandro Damião e Diego.
– Temos uma folha dentro da realidade dos grandes clubes brasileiros e certamente, não estamos entre as três maiores. Respeitamos rigorosamente o orçamento estabelecido pelo clube. Muito se fala nos números, mas não costumamos divulgar justamente para preservar os atletas e o clube, mas tivemos um aumento em torno de 30% nas despesas com folha de 2015 para 2016.
Para o dirigente rubro-negro, a chegada de Leandro Damião não tira o espaço do jovem Felipe Vizeu, apenas faz o elenco do Flamengo ficar mais forte.
– Nossa ideia sempre foi reforçar o elenco durante a janela de transferências do meio do ano, justamente por entendermos que temos a necessidade de um elenco mais qualificado e numeroso, pois durante boa parte do ano de 2016 não teremos o Maracanã, o que certamente aumenta o risco de lesões e desgastes no elenco. Temos sim uma grande expectativa e cuidado com o Felipe Vizeu, assim como os demais atletas oriundos da Base para que se afirmem sem a pressa que possibilite serem queimados, pois todos eles são patrimônio do Clube. O Leandro Damião é um jogador de grande potencial e experiência, além de ter sido uma boa oportunidade de negócio nesse momento. Vai inclusive ajudar muito na formação do Vizeu, assim como o Guerrero vem fazendo.
Por fim, Rodrigo Caetano explicou o que faz um executivo do futebol e quais suas atribuições.
– Muitas são as atribuições e funções de um Executivo de Futebol de um grande clube. Gerenciamos o maior Departamento dos clubes, em número de profissionais envolvidos e de visibilidade também, o que acaba direcionando apenas para a montagem de elenco com a tarefa principal. E isso não é verdade, pois na contratação de qualquer atleta, participam muitos departamentos e pessoas, dentre os quais o Financeiro e Jurídico, além do Centro de Inteligência e também dos dirigentes estatutários. O Executivo é responsável por todo o planejamento do Departamento (Profissional e Base), pela logística, tem participação na construção do orçamento para o Departamento de Futebol, na estratégia das competições, além de participar de projetos estruturantes como melhorias na infraestrutura física do Centro de Treinamento. Lembrando sempre que são envolvidas as demais áreas do clube em todos esses processos. Muitas pessoas e torcedores não conseguem entender a complexidade da função de um Executivo de Futebol e acabam definindo como “apenas” o responsável pelas contratações, onde na verdade somos uma parte nesse processo específico e somos responsáveis por uma gama muito maior de funções.
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