Pesquisar este blog

sábado, 19 de abril de 2014

Portuguesa diz que foi a campo por respeito ao futebol e acusa CBF

José Luiz Ferreira de Almeida, advogado da Portuguesa, disse neste sábado, em entrevista coletiva, que o time entrou em campo na última sexta-feira em "respeito ao futebol, ás torcidas, ao Joinville e a quem tem os direitos de transmissão dos jogos". Ele também afirmou que pediu à CBF o adiamento da partida e não recebeu nenhuma resposta. Além disso, afirmou também que a entidade tinha conhecimento da ação movida pelo torcedor, pedindo que a Lusa voltasse á Série A do Campeonato Brasileiro. "Gostaríamos de esclarecer que a Portuguesa, na data do dia 17 de abril, emitiu um oficio à CBF e nos seus termos gerais ela informa da tutela antecipada de uma ação concedida a um torcedor e que a CBF tinha conhecimento desde o dia 11 de abri, porque apresentou defesa. A justiça manteve a liminar e a Portuguesa, através dessa liminar, manteve seus pontos e foi colocada de volta na Série A. Fica muito claro que não é uma ação da Portuguesa, mas uma ação do torcedor. Pedimos que a partida de ontem fosse adiada. A Portuguesa não recebeu resposta, esperou ontem durante o dia que alguma coisa fosse dita pela CBF e não teve resposta", disse. O advogado afirmou que o presidente do clube, Ilídio Lico, soube que seria feita uma queixa crime contra o clube já com a partida em andamento. Além disso, um oficial de justiça também intimou o delegado da partida, para que ele fosse encerrada. "A Portuguesa apenas atendeu a uma ordem judicial e, mais além, a um pedido de um torcedor seu. Quem desrespeitou essa ordem foi a CBF, não a Portuguesa. A justiça entende que a Portuguesa esta na Série A. A culpa é de quem não atendeu a ordem judicial", disse. "Em respeito ao futebol, às torcidas, ao Joinville e a televisão, a Portuguesa resolveu entrar em campo e assim o fez. Dessa forma a Portuguesa iniciou a partida e por informações dadas pelo próprio autor da ação, dizendo que se a Portuguesa entrasse em campo iria entrar com queixa crime contra o clube e a CBF, o presidente entendeu que, para não correr riscos, deveria respeitar a ordem judicial", completou. A Portuguesa ignorou liminar judicial e entrou em campo na primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, isso não foi suficiente para que o jogo contra o Joinville acontecesse. A decisão dos tribunais chegou às mãos do quarto árbitro e a partida desta sexta-feira foi interrompida aos 17min do primeiro tempo. Com a situação, o árbitro Marcos André Gomes da Penha encerrou o confronto após mais de 30 minutos de paralisação. O juiz entregou a súmula em branco e afirmou que a CBF será responsável por decidir se o confronto será disputado novamente ou se a Lusa o perderá por W.O.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Fifa admite mais filas em entrega de ingressos da Copa

Entrega dos ingressos em casa, mais tempo para a retirada, um número maior de centros de distribuição e até o uso dos aeroportos do país. A Fifa mudou tudo no esquema de entrega de ingressos para a Copa do Mundo depois da desorganização vista na Copa das Confederações. Mas a entidade já admite que as filas serão, mais uma vez, inevitáveis. Dez das 12 cidades-sedes do Mundial abrem nesta sexta-feira, às 12h, seus centros de entrega de ingressos. só as datas de início em Brasília e Porto Alegre não foram divulgadas. A expectativa é que os espaços fiquem cheios. A entidade põe a culpa nos hábitos dos brasileiros. Segundo a assessoria de imprensa da Fifa, haverá filas porque o torcedor "só vai pegar os ingressos no primeiro ou no último dia possível." Quem comprou ingresso no site e não optou por recebê-lo em casa terá de amanhã ao dia do jogo para retirar o ingresso. É preciso levar documento de identificação e o comprovante da compra. A entrega em domicílio é a maior novidade da Fifa para reduzir filas. Além disso, passou a permitir que ingressos sejam retirados fora da cidade onde a partida será disputada. Haverá ainda postos de distribuição em aeroportos. VEJA OS DEZ PONTOS DE RETIRADA QUE ABREM NESTA SEXTA BELO HORIZONTE Boulevard Shopping (av. dos Andradas, 3000) CUIABÁ Shopping Pantanal (av. Historiador Rubens de Mendonça, 3300) CURITIBA Pátio Batel Shopping (av. do Batel, 1868) FORTALEZA Centro de Eventos do Ceará (av. Washington Soares, 999) MANAUS Centro Cultural dos Povos da Amazônia (pç. Francisco Pereira da Silva, s/nº) NATAL Shopping Cidade Jardim (av. Eng. Roberto Freire, 2920) RECIFE Shopping Recife (rua Padre Carapuceiro, 777) RIO

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Livro sobre o tetra cita arrependimento de Raí e piada de Bussunda com meia

Logo mais em julho o futebol brasileiro vai comemorar os 20 anos da conquista do tetracampeonato mundial, nos Estados Unidos. Parece até que foi outro dia desses, mas um livro que acaba de ser lançado no país refresca a memória com detalhes pouco conhecidos sobre o triunfo da seleção de Romário, mudando a percepção sobre a façanha de 1994. "É Tetra – A conquista que ajudou a mudar o Brasil" foi lançado na última segunda-feira, no Rio de Janeiro. A obra de autoria de Michel Costa e André Rocha (editora Via Escrita) traz detalhes saborosos da caminhada até o quarto título mundial, da classificação dramática nas eliminatórias até a glória nos pênaltis contra a Itália. Ainda pontua a história com acontecimentos importantes daquele ano, como a morte de Ayrton Senna e a criação do Plano Real. O livro conta com prefácio de Mauro Beting, comentarista do Fox Sports, orelha de Lédio Carmona, do Sportv, e finalmente quarta capa assinada pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho, da ESPN Brasil. O leitor de "É Tetra" conhecerá com detalhes, por exemplo, que a ideia da entrada em campo de mãos dadas saiu da cabeça do zagueiro Ricardo Rocha, inspirado no Santa Cruz da década de 80. Confira abaixo outros trechos selecionados do livro, pontuados por alguns comentários do autor Michel Costa, em entrevista ao UOL Esporte: O que o tetra deve ao frango de Taffarel em La Paz? Nos últimos minutos, a seleção segurava um valioso 0 a 0 contra a Bolívia, jogando nas temidas condições de altitude, com escassez de ar. Com um pênalti contra, Taffarel salvou o time com uma grande defesa. Mas, praticamente no lance seguinte, tomou um frango vexatório, debaixo das pernas, empurrando a bola contra a própria meta [nos acréscimos o Brasil levou mais um]. Ali, em julho de 1993, a primeira derrota na história da seleção em eliminatórias da Copa deixava o time de Parreira em situação delicada, correndo sério risco de ficar fora do Mundial dos EUA. E foi neste momento que algo mudou na cabeça de Parreira. O treinador deixou o esquema com apenas um volante para trás, e Mauro Silva enfim ganhava um companheiro na proteção da cabeça de área. Nascia uma histórica parceria com Dunga. "O jogador não costuma ter muita preferência por esquema. Ele quer ganhar e sabe que qualquer esquema precisa ser sustentado por resultados. A mudança se consolidou após a derrota para a Bolívia em La Paz. Foi um momento de inflexão do Parreira e daquela seleção. A partir daí o Dunga virou titular e a coisa começou a fluir", relata Mauro Silva no livro. Comentário do autor: "Aquela foi a primeira derrota do Brasil nas eliminatórias. Naquela época, as eliminatórias sul-americanas eram disputadas em dois grupos, o Brasil não pegava a Argentina, por exemplo. Mas despontaram, como a própria Bolívia, que fez uma grande campanha e se classificou. O Brasil perdeu daquela maneira, com o Taffarel defendendo um pênalti e tomando um frango depois. Ali o Parreira percebeu que o sistema defensivo não estava seguro como ele queria. Ele tinha experimentado antes, Dunga e Mauro Silva juntos, num amistoso contra o Milan. E a dupla correspondeu. Então teve a ideia de efetivar seus volantes." Raí se arrepende de uma decisão antes da Copa O famoso camisa 10 do São Paulo foi desde o início o símbolo da era Parreira, mas chegou na Copa em descendente. Após alguns jogos como titular, acabou perdendo a posição para o volante Mazinho. No livro, o meia admite que uma decisão na chegada ao PSG na metade de 1993 influenciou nessa queda física e técnica. "Quando cheguei, fiz uma boa estreia. Mas depois caí. Estava cansado mesmo. O técnico Arthur Jorge me chamou e ofereceu dez dias para que eu descansasse e me recondicionasse. Talvez por orgulho, para mostrar que eu estava bem e disposto, recusei. Hoje reconheço que foi um erro. Infelizmente foi um momento de baixa na hora errada. Saindo para a Europa e com uma Copa do Mundo para disputar", diz Raí em depoimento no livro. Comentário do autor: "Depois de todo aquele período vencedor no São Paulo, ganhando a segunda Libertadores, ele foi para a Europa sem férias. Emendou e não fez boa temporada no PSG. Chegou em baixa na seleção. O Parreira queria um meia na direita, aberto, que achasse o lado. O Raí atuava mais centralizado desde o São Paulo, com uma boa chegada na frente. Mas não fazia esse corredor com o Jorginho. Juntando isso com a fase, foi a senha para a saída do time."