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sábado, 10 de setembro de 2016

De Paraolimpíada a Paralimpíada: por que a mudança?

Os Jogos Paralímpicos estão na sua 15ª edição e já foram oficialmente chamados de "Paraolimpíadas". A mudança, determinada pelo Comitê Paralímpico Internacional (CPI) em 2011 e acatada pelas autoridades brasileiras, gera dúvidas e controvérsia.Afinal, existe uma forma correta de se referir ao evento? Segundo linguistas ouvidos pela BBC Brasil, o termo correto deve manter o "o" como em 'paraolimpíada'. Segundo os organizadores, no entanto, a forma correta de se referir ao evento é 'paralimpíada', sem o "o". Contactado pela BBC Brasil, o Comitê Paralímpico Internacional disse que, desde sua fundação em 1989, usa o termo "Paralímpiada", do inglês "Paralympics", e que nunca se referiu às competições de outra maneira em inglês. Alguns países, entretanto, entre eles o Brasil, optavam por "Paraolimpíada" por questões linguísticas. Segundo linguistas consultados pela BBC Brasil, o vocábulo "paralimpíada" vai contra a evolução natural das palavras em português com a supressão do "o" na junção do "para + olimpíada". Entenda Até 2011, no Brasil, as competições eram chamadas oficialmente de "Paraolimpíada" ou "Jogos Paraolímpicos" e os participantes eram conhecidos como "atletas paraolímpicos". Naquele ano, no entanto, após os Jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, o CPI determinou que todos os comitês nacionais padronizassem o termo "Paralimpíada" e, por consequência, "Jogos Paralímpicos" e "atletas paralímpicos". O comitê brasileiro acatou a determinação e mudou a terminologia. 'Eficiência, e não deficiência': com explosão de vendas ingressos, atletas paralímpicos querem mostrar mais que superação De rapel a snowboard: Paulistano com deficiência usa cinco próteses high-tech para se tornar 'ciborgue olímpico' Para Paulo Ledur, mestre em linguística aplicada pela PUC-RS e professor aposentado de língua portuguesa da Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, a decisão das autoridades esportivas brasileiras de suprimir o "o" a pedido do Comitê Paralímpico Internacional gerou "mal-estar". "Acho que não deveria ter sido retirado porque isso não é característica da língua portuguesa. Assim como afetou a autonomia do português, certamente, deve ter afetado outras línguas latinas, como o espanhol", diz Ledur à BBC Brasil. "Eu continuaria utilizando 'Paraolimpíada', sem dúvida nenhuma. Não há impedimento para quem quiser fazer isso, na forma falada ou escrita, muito pelo contrário". Uma das principais publicações do país, a Folha de S. Paulo, por exemplo, optou por não usar "paralimpíada". Em um artigo publicado no jornal, o colunista e professor de língua portuguesa Pasquale Cipro Neto argumenta que "não faz o menor sentido" retirar o "o" da palavra. Para ele, no processo de junção na nossa língua, o que ocorre é a supressão da vogal final do primeiro elemento e não da vogal inicial do segundo elemento - ou seja: "para+olimpíada" faria com que o "a" de "para" fosse suprimido, e não o "o" de "olimpíada". Teríamos como resultado deste processo, que reflete a forma como as pessoas pronunciam a palavra, o vocábulo 'parolímpico'. Pasquale cita comos exemplos equivalentes duas palavras: hidrelétrico e gastrintestinal.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

matéria FLAMENGO TEM TITULARES PENDURADOS PARA O JOGO CONTRA A PONTE PRETA; CONFIRA

O Flamengo enfrenta a Ponte Preta nesta quarta-feira (07.09), às 21h45, no estádio Kleber Andrade, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time terá alguns dos seus titulares entrando em campo pendurados com dois cartões amarelos.Entre os pendurados tem titulares importantes, como Jorge e Everton, que terão que ter cuidado para não desfalcarem o Rubro-negro em confrontos decisivos.Após o jogo diante da Ponte Preta, o Flamengo terá uma sequência de dois jogos fora de casa, sendo um confronto direto na briga pelo título, contra o Palmeiras

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Romildo Bolzan Jr., o presidente que desejar mudar o futebol brasileiro

Eleito presidente do Grêmio para o biênio 2015/2016, Romildo Bolzan Jr. tem desafios de sobra à frente do clube do qual é sócio desde 1963, quando tinha apenas três anos de idade. Com a experiência ter sido vereador, vice-prefeito e três vezes prefeito de Osório, sua cidade natal, distante cerca de 100 Km de Porto Alegre, o mandatário tricolor, advogado de formação, não tem se preocupado apenas com o que diz respeito ao clube que agora preside. Com a missão de não se deixar levar pela paixão pelo Grêmio, herdada do pai, o já falecido Romildo Bolzan, no momento de pensar o hoje e o amanhã do clube do coração, Romildo Bolzan Jr., casado e pai de um casal de filhos, tem tomado a iniciativa também na hora de projetar mudanças para o futebol brasileiro como um todo. E desejando a união dos clubes para atingir as ideias propostas. Mudanças como, por exemplo, a possibilidade de o Brasileirão voltar a ser disputado no sistema de mata-mata, algo que teve aceitação entre alguns clubes e que será detalhado por ele na próxima segunda-feira, quando se reunirá com Marco Polo Del Nero, o futuro presidente da CBF, a pedido do mesmo e na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Ao LANCE!Net, em conversa por telefone, o presidente gremista explicou os motivos de entender o mata-mata como o formato ideal para a disputa do Brasileirão, analisou a renegociação da dívida dos clubes e ainda comentou sobre as ideias que tenta implantar no Grêmio, clube que preside desde o dia 10 de dezembro, quando tomou posse, sucedendo Fábio Koff, fundamental para a sua eleição. O assunto trabalhado por Romildo Bolzan Jr. que tem chamado mais atenção é, sem dúvida, a ideia proposta pelo dirigente que diz respeito ao retorno do mata-mata com como sistema para Campeonato Brasileiro. Abolido para a edição de 2003 e, desde então, nunca mais utilizado, o modelo é tratado pelo presidente como o ideal. Em um primeiro momento, ele buscou apoio de outros clubes e encontrou. Internacional, Fluminense, Santos e Vasco compartilharam de tal desejo. Formado o "Grupo de trabalho", como Bolzan Jr. fala sobre os clubes com os quais tem discutido mudanças para o futebol brasileiro, foi encontrada a fórmula ideal, que garantiria quatro times para o playoff decisivo. Tai ideia, bem trabalhada e detalhada, será, agora, discutida com o futuro presidente da CBF. Ele destacou como surgiu a ideia pela volta do mata-mata. – Houve um debate interno aqui no Grêmio. Os campeonatos têm ficado muito depreciativo nas finais, campeonatos que já ficam prontos, não têm emoção. Não tem possibilidade de gerar um reequilíbrio técnico no campeonato. Tem times que começam bem e terminam mal, tem times que começam mal e terminam bem. Tem janelas no meio do ano que propiciam a vinda de jogadores para times com melhor condição financeira. Tem times que também perdem jogadores. Esse contexto tem que vir também aglutinado com a diminuição dos campeonatos regionais e também tem que vir dentro de um contexto dos recursos da televisão, do financiamento do futebol brasileiro – destacou Romildo Bolzan Jr., antes de completar o seu raciocínio. – Estamos propondo que, no final desses campeonatos, os clubes possam ter um reequilíbrio técnico, reequilíbrio técnico rigorosamente é o playoff. Só com quatro ou oito isso é uma questão para se discutir futuramente. Se é vencedor do turno com o vencedor do returno, mais dois times para fazer quatro é outra forma para se discutir. Isso não é o mais importante. O mais importante é que se proporcione a condição de disputa para times que, dentro desse contexto que falei, possam fazer uma disputa, confirmarem aquilo que são ou até mesmo não. Isso daria muito mais renda, muito mais audiência, muito mais condição de enfrentamento, muito mais participação da torcida, muito mais renda para os clubes. Esse contexto é suficiente para justificar os playoffs no campeonato.