Pesquisar este blog

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

San Lorenzo, time do papa, vence 1ª Libertadores após 106 anos de vida

O futebol desperta sentimentos que nem todos sabem explicar. Um deles é a mística, outro a fé. Ambos serão muito usados pelos torcedores do San Lorenzo, campeão da Copa Libertadores de 2014. No dia 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio, fanático pelo clube argentino, se tornou o papa Francisco. No final do mesmo ano, o time se tornou campeão nacional. Oito meses depois, campeão da América do Sul. Há relação direta? Não se sabe. O que fica é a mística e toda a fé do torcedor do San Lorenzo, que viu seu time bater o Nacional-PAR por 1 a 0 nesta quarta-feira e levantar a taça do continente pela primeira vez na história. É o fim do apelido que perseguia cada fã do clube: Clube Atlético Sem Libertadores da América, lembrando a sigla do time, CASLA. Não mais. Agora, o time tem o principal título da América do Sul em sua sala de troféus. Já o Nacional vê o fim de um sonho que parecia tão impossível para um time tão pequeno, que jamais havia passado da primeira fase da competição. Não deu. Talvez os paraguaios justifiquem da mesma maneira dos argentinos: o papa quis assim. Fases do jogo: É até difícil explicar como um time que acaba a Libertadores sem vencer um jogo sequer fora de casa e que perdeu nesta quarta jogou melhor que seu rival, campeão do torneio, na casa dele, com as arquibancadas completamente lotadas. Mas foi isso que o Nacional fez. O time paraguaio pressionou o San Lorenzo desde os primeiros segundos, quando Orué colocou bola na trave, até o final do duelo. Na primeira etapa, o San Lorenzo esteve nervoso, claramente sentindo a pressão de quebrar o tabu que durava 106 anos. Tanto que só chegou com perigo quando Coronel, defensor do Nacional, colocou a mão na bola na área. Ortigoza cobrou em um canto, Nacho Don em outro. Aos 35 minutos, o San Lorenzo começava a sua história mais bela. Na segunda etapa, o San Lorenzo apostou nos contra-ataques. Mas poucas vezes passou do meio de campo, jamais levando perigo. Teve é que ver o Nacional seguir desperdiçando chances, como a de Bareiro, aos 34 minutos, da linha da pequena área. Um desvio tirou a bola do gol. Jogando como time pequeno, provou que é grande. Conquistou a taça tão sonhada em casa, para explosão de sua torcida no Nuevo Gasómetro. E do papa Francisco, tão distante dali, mas presente na fé de cada torcedor. O melhor: Cetto e Gentilleti - Difícil eleger um melhor jogador de uma final na qual o time campeão mal atacou, mesmo jogando em casa. Assim, Cetto e Gentilleti, os zagueiros do San Lorenzo, possam ser citados, já que conseguiram não levar gol em 90 minutos de pressão. Torrico, o goleiro, não precisou fazer boas defesas, e os melhores lances do time paraguaio saíram de fora da área. Dentro, a dupla garantiu. O pior: Coronel - Por qual motivo, no jogo mais importante da história de seu clube, um jogador abriria os braços dentro de sua própria área, sem ser para evitar um gol iminente, já em cima da linha? Talvez Coronel, defensor do Nacional, saiba explicar. Pois foi isso que ele fez em um ataque sem muito perigo do San Lorenzo. O Nacional, até os 34 minutos do 1° tempo, pressionava o rival. Quando Coronel tocou na bola com o braço, em pênalti indiscutível, facilitou o caminho do time argentino rumo à taça. Chave do jogo: A sorte do San Lorenzo - ou, no caso, as falhas nas finalizações do Nacional. Além da bola na trave de Orué, o time paraguaio deu diversos chutes de fora da área com perigo, fazendo o goleiro Torrico dar vários saltos sem a menor chance de defesa. Mas bola sempre passava raspando a trave. E se não fosse isso, o San Lorenzo provavelmente seria vice. Pois não conseguiu jogar. Em nenhum momento colocou a bola no chão ou usou a arma com a qual humilhou o Bolívar em casa nas semifinais: a bola aérea. Mais uma vez na sorte, conseguiu um pênalti. E o título. Toque dos técnicos: Se Edgardo Bauza, o técnico do San Lorenzo, mandou o time jogar recuado como fez nesta noite, só levantou a taça da Libertadores por milagre. Porque o time foi pressionado o jogo todo, algo não visto anteriormente no Nuevo Gasómetro na competição. E ele não soube como tirar o time desta pressão do Nacional. Já Gustavo Morinigo, técnico do Nacional, mudou seu time. Aquela equipe retrancada das outras fases sumiu. O Nacional mostrou recursos ofensivos mas, logo quando deu provas de que merecia estar na final, perdeu. O futebol, às vezes, é inexplicável.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

'Parecia que Alemanha jogava contra crianças', diz Beckenbauer sobre 7 a 1

Um dos maiores jogadores da história do futebol alemão, Franz Beckenbauer se assustou com a goleada de 7 a 1 imposta ao Brasil na semifinal da Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o Kaiser disse que, naquela partida no Mineirão, a Alemanha parecia enfrentar "um time de crianças." "Foi um dia muito trágico. Aquilo jamais voltará a acontecer numa semifinal de Copa do Mundo. Parecia que a Alemanha estava jogando contra uma equipe de crianças. Mesmo como alemão, foi difícil assistir ao que estava ocorrendo", disse Beckenbauer. O Kaiser apontou os principais erros cometidos pela seleção brasileira e que levaram a sofrer sua maior derrota em toda sua história. Sobrou para a defesa da equipe comandada pelo treinador Luiz Felipe Scolari. "O que é certo é que a defesa brasileira falhou muito. David Luiz, Dante e Marcelo não se encontravam, eles são grandes jogadores em seus clubes. Em alguns dos gols, via-se sete ou oito brasileiros dentro da área ou defendendo, contra três alemães e, mesmo assim, esses jogadores alemães apareciam totalmente livres na área", analisou. Beckenbauer ainda criticou a dependência excessiva do Brasil em dois jogadores. "A realidade é que o Brasil não formou uma equipe de fato. O que o Brasil tinha em campo eram alguns astros isolados e, num Mundial, isso não e suficiente. Dependiam de Neymar e Thiago Silva e, quando esses jogadores saíram, os que estavam em campo não sabiam para quem tocar", afirmou. Por fim, o Kaiser falou qual foi o maior legado desta Copa dentro de campo. "A lição não é apenas para o Brasil. Seleções que foram ao Mundial apenas com astros e sem uma equipe não resistiram. Essa foi a Copa do coletivo. O que a Costa Rica fez foi justamente agir como um coletivo e surpreendeu até a Itália", completou.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Real Madrid desembolsa R$ 2,44 milhões em seguro de vida para James

Um detalhe pouco conhecido da política de contratações do Real Madrid – e de muitos clubes - é que a direção merengue toma todas as medidas que pode para garantir segurança quando chegam seus contratados. Por isso, cada atleta ganha uma apólice de seguro, que cobre até fatalidades. Entre os recém-chegados, quem fez os espanhóis desembolsarem mais foi o colombiano James Rodriguez. James ganhou uma apólice de seguro no valor de 800 mil euros, o equivalente a R$ 2,44 milhões. De acordo com o Marca, por esse valor, cobre-se dois fatores: uma possível morte do jogador ou eventos que o impossibilitem de jogar futebol permanentemente. Para assinar a apólice, há um longo estudo da vida de cada jogador. Seus hábitos são de risco? Ele é propenso a lesões? Tudo é colocado na ponta do lápis. Além de James, Toni Kroos também entrou na lista de segurados, com cerca de R$ 916 mil na apólice, e o goleiro Navas tem um valor bem menor que ambos: R$ 305 mil. Os líderes entre os jogadores do Real Madrid são Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, com cerca de 1 milhão de euros de apólice (cerca de R$ 3 milhões).

domingo, 10 de agosto de 2014

Felipão reestreia no Grêmio e Abel tenta manter embalo do Inter no Gre-Nal

Abel Braga e Luiz Felipe Scolari são os protagonistas do Gre-Nal 402 antes da bola rolar neste domingo, no Beira-Rio. O clássico válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro marca a reestreia de Felipão no Grêmio, 18 anos depois, e dá a chance de Abel encerrar o rótulo de freguês diante do ex-comandante da seleção brasileira. Os times em si chegam ao jogo vivendo fases distintas. O Grêmio acumula duas derrotas seguidas – para Coritiba e Vitória. Já o Inter tenta o quarto triunfo consecutivo no Brasileirão, ganhou de Flamengo, Bahia e Santos. O que resulta em uma distância de seis pontos entre os rivais na tabela de classificação. Personagem da semana por voltar à ativa tão pouco tempo depois do vexame da seleção brasileira contra a Alemanha, Felipão tem a missão de encerrar um incômodo jejum. A última vitória do Grêmio em Gre-Nal ocorreu em agosto de 2012 – gol do agora encostado Elano. Ou seja, não ganhando desta vez, o tricolor completa dois anos vendo o rival fazer a festa. "Eu não vim para treinar no Gre-Nal. Vim para treinar o Grêmio. Não deixaria meu auxiliar comandar duas semanas, não faria isso com ele. A responsabilidade é minha. Assumir em um Gre-Nal sem conhecer meus jogadores é muito complicado. Mas tenho uma retaguarda muito boa. Vamos organizar na base da conversa e buscar este bom resultado que é tão importante. Se não tivermos, seguiremos trabalhando porque temos objetivos maiores", afirmou o técnico Luiz Felipe Scolari. Já Abel Braga ganha a chance de acabar com um dos poucos tabus que ainda tem em sua carreira. Com cinco passagens pelo Inter, jamais venceu Scolari em clássicos. Foram três jogos – todos em 1995. Com duas vitórias do Grêmio e um empate. A pecha de freguês, portanto, está em jogo. "Você está me falando um dado que eu nem sabia. Não estou preocupado com o Felipe, com nó tático ou algo assim. As coisas acontecem naturalmente no futebol, por desatenção aqui ou ali", desconversou o treinador do Internacional. "Não lembro quantos jogos foram. Mas não tem isso, não é Abel contra Felipe. É um clássico entre os dois clubes", minimizou Felipão. A única certeza da semana em relação aos times foi a dúvida. Dos dois lados. No Grêmio pelo fato de Felipão estar começando a trabalhar e poder iniciar tudo do zero, com diversas mudanças em relação a equipe que era montada por Enderson Moreira. Como realmente deve ocorrer – com Ramiro e Pará deslocados para as laterais direita e esquerda respectivamente. Já o Inter retroalimentou o clima famigerado de mistério ao citar até Aránguiz como dúvida. O chileno está recuperado de lesão no joelho direito, contraída durante a Copa do Mundo, mas Abel Braga não garantiu sua escalação desde o início. A frase pode ser mero despiste. "Não sabemos nada do time deles, mas eles também não sabem nada do nosso time", comentou o lateral esquerdo Fabrício. "Não podemos divulgar nada sobre o time, até por isso os treinamentos foram fechados. É um momento importante para termos liberdade de montar algumas situações. Mesmo não sabendo muito do adversário, conhecemos as características dos jogadores", concordou Giuliano. INTERNACIONAL X GRÊMIO Data: 10/08/2014 (domingo) Horário: às 16h (horário de Brasília) Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre Transmissão na TV: PPV Árbitro: Anderson Daronco (RS) Auxiliares: Marcelo Barison (RS) e Rafael Alves (RS) INTERNACIONAL Dida; Wellington Silva, Ernando, Juan e Fabrício; Willians, Aránguiz (Wellington), Alex, D'Alessandro e Alan Patrick; Rafael Moura Técnico: Abel Braga GRÊMIO Marcelo Grohe; Ramiro, Pedro Geromel, Rhodolfo e Pará; Felipe Bastos, Walace, Dudu, Giuliano e Fernandinho (Luan,Alán Ruiz, Zé Roberto); Barcos Técnico: Luiz Felipe Scolari