Pelé: Se fosse brigar quando fui chamado de negro, processaria todo mundo

As polêmicas recentes envolvendo episódios de racismo no futebol são encaradas por Pelé como exageradas. Para ele, a indiferença seria a melhor resposta para "bandidos e doentes" que vão para os estádios para praticar a segregação. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Edson Arantes do Nascimento lembra que, ao longo de sua carreira nos campos, foi vítima de vários episódios de racismo em diversas partes do mundo, mas sempre preferiu ignorar os agressores. "Xingavam, mas nunca houve essa preocupação, essa atenção que foi dada para os que gostam de segregar. Se eu fosse brigar todas as vezes que me chamaram de negro nos Estados Unidos, na Europa, na América Latina e no Brasil, eu ainda estaria processando todo mundo", afirma o Rei do Futebol. A entrevista foi dada, nesta terça-feira (10), em Curitiba. Pelé esteve na capital paranaense para participar do lançamento de 19 cursos de pós-graduação à distância na área esportiva, que serão ofertados a partir deste ano pelo Grupo Uninter em todo o país. Entre as novas formações estão Gestão Profissional do Futebol, Direito Desportivo e Políticas Públicas para o Esporte. "Uma das grandes experiências que eu tive foi quando saí do Brasil e passei seis anos nos Estados Unidos. Lá, o futebol e todas as modalidades são muito mais valorizados nas escolas e universidades que no Brasil. Aqui, a profissionalização do esporte está atrasada", disse Pelé. Esse foi um dos primeiros compromissos públicos em que Pelé esteve presente após 16 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no final de 2014. O Rei do Futebol contou como foi o período de internação e também falou sobre a crise na administração dos clubes brasileiros, a torcida única em grandes clássicos e o desempenho da seleção brasileira.

Montillo volta à China, e Flamengo prepara novo bote para o meio do ano

A passagem do Shandong Luneng pelo Brasil se encerrou na última semana. Na bagagem, os chineses levaram Montillo de volta para o outro lado do mundo, mas as negociações com o Flamengo estão longe do fim e há quem ainda aposte num final feliz. Apontado como figura vital para o esquema de Cuca, o meia argentino teve tudo acertado com o Rubro-Negro, mas não foi liberado muito em função da participação do Shandong na Liga dos Campeões da Ásia. No entanto, há um "acordo de cavalheiros" de que os chineses serão mais flexíveis no meio do ano. Campeão da Copa da China, o Shandong Luneng está no Grupo E da competição e disputa a primeira fase entre 24 de fevereiro e 6 de maio. O primeiro semestre reserva ainda as oitavas de final, nos dias 19 e 26 de maio. A partir daí, há um intervalo até o final de agosto. Uma eliminação precoce do time de Cuca jogaria a favor do Flamengo. Mesmo que a equipe avance, no entanto, há a possibilidade de investidas na janela de transferências para que Montillo tenha sua paciência e seu profissionalismo recompensados com o retorno ao Brasil.

Flamengo idealiza retorno de Léo Moura para depois do carnaval

Léo Moura causou apreensão no Flamengo ao ser substituído ainda no primeiro tempo do jogo contra o Macaé, pela primeira rodada do Campeonato Carioca, por conta de um desconforto na parte posterior da coxa direita. O problema, no entanto, não chega a ser uma lesão e trata-se apenas de mialgia, ou seja, dores naquela área. A recuperação do lateral-direito tem ocorrido da forma programada. Ele fez apenas trabalhos na academia e de fisioterapia na última semana e, se estiver se sentindo bem, irá a campo para participar de um treino físico no Ninho do Urubu já nesta segunda-feira à tarde, de acordo com o departamento médico do clube. Dentro de poucos dias Léo Moura deve voltar a treinar com bola. O Flamengo acredita que a pré-temporada foi desgastante e não tem intenção de apressar as coisas. A ideia é que ele esteja à disposição do treinador Vanderlei Luxemburgo depois do carnaval, provavelmente na quinta-feira da semana que vem, dia 19 de fevereiro, quando o Rubro-Negro encara o Boavista, às 19h30 (de Brasília), no Maracanã, pela quinta rodada do estadual. Com isso, o capitão vai desfalcar a equipe mais uma vez nesta quarta, também no Maracanã, contra a Cabofriense, às 22h. Pará, o substituto, segue titular.

Anderson Silva tem premiação confiscada após doping, diz revista

Além de ter de lidar com sua imagem negativa por conta do caso de doping, Anderson Silva também pode ser prejudicado financeiramente por ter sido flagrado pelo uso de anabolizante. A coluna Radar, da revista Veja, afirma que o chefão do UFC, Dana White, confiscou a premiação do brasileiro pela luta no UFC 183. Anderson Silva venceu a luta contra Nick Diaz há uma semana e levou a bolada de 6 milhões de dólares (R$16,6 milhões) pela vitória, sendo 800 mil (R$2,2 milhões) pela luta e o restante de pay per view. No entanto, com a divulgação de que Anderson foi pego no antidoping realizado no dia 9 de janeiro pelo uso de esteroides, o UFC bloqueou a prêmio do brasileiro até que tudo seja esclarecido. O brasileiro ganhou a luta contra Nick Diaz por decisão unânime. Diaz também foi pego no doping, por maconha, no exame realizado após a luta. O caso dos dois lutadores deve ser discutido no próximo dia 17, pela Comissão Atlética de Nevada. O duelo pode ser considerado sem vencedor. Assim, ninguém levaria a bolada. Ampliar