Pesquisar este blog

sábado, 17 de agosto de 2013

Após prejuízo com Neymar, parceira do Santos desiste de medalhões

Em meio à crise e às mudanças na cúpula santista, a Teisa (Terceira Estrela Investimento), parceira do clube em contratações, também passa por uma reestruturação. Houve mudança de diretores, de estrutura jurídica e de foco de investimentos em jogadores. Depois de sofrer prejuízo com a venda de Neymar, a empresa desistiu da compra de medalhões e só vai adquirir jovens mais baratos. A Teisa foi criada em 2010 por empresários santistas para ajudar o clube na contratação de atletas e a conquistar o terceiro título mundial. A empresa é uma ideia da gestão do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, que se afastou nesta semana, e tinha diversos membros do seu comitê de gestão. Adquiriu o percentual de alguns jogadores, como Neymar e Aourca, e ajudou com a compra de outros, como Montillo e Miralles. Empossada em julho, a nova diretoria da empresa chegou a conclusão de que a política atual causou perda de dinheiro em relação ao que foi investido. Apenas uma negociação, Jonathan, deu lucro. Montillo e Miralles, por exemplo, não serão vendidos pelos preços que foram adquiridos. E um prejuízo já certo é a venda de Neymar para o Barcelona. Em 2010, a Teisa pagou R$ 3,549 milhões por 5% do craque, enquanto recebeu agora R$ 2,6 milhões. Ou seja, foi perdido quase R$ 1 milhão com o ex-craque santista. Assim, o novo foco de investimentos serão atletas como Cicinho e Mena, cujos direitos foram comprados em parte recentemente. Mais do que isso, a Teisa se tornará mais ativa nas contratações: em vez de esperar o Santos, vai correr atrás de jogadores jovens para indica-los ao clube. Isso ocorrerá por meio de uma nova estrutura com a criação de empresa e

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ministério perde equipe que monitora obras da Copa após irregularidades

Faltando dez meses para a Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Esporte não tem a estrutura necessária para monitorar os projetos relacionados ao torneio. O órgão não renovou um contrato com a empresa que elaborava relatórios sobre os preparativos para o Mundial após recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União). Agora, corre atrás de outra companhia para manter-se atualizado sobre como andam as obras e outras iniciativas em curso para o evento da Fifa. A pasta, chefiada por Aldo Rebelo, tem importância capital na preparação do Brasil para o Mundial de 2014. É o Ministério do Esporte quem comanda o Gecopa (Grupo Executivo da Copa do Mundo), o qual organiza e acompanha as ações do Poder Público visando a boa realização do torneio . O Gecopa é que inclui ou exclui obras na Matriz de Responsabilidade da Copa, por exemplo, documento que lista todos os projetos postos em prática para o Mundial. O grupo também acompanha possíveis mudanças no custo dessas ações e divulga relatórios periódicos sobre o andamento de cada item, os chamados balanços da Copa. Acontece que tudo isso é feito com base em informações repassadas por governos locais e por uma consultoria, o Consórcio Copa 2014, que trabalhava para o ministério. O consórcio composto pelas empresas Valeu Partners, Arcadis Logos e Galo PPM assinou contrato com o governo em 2009 e passava ao Gecopa dados sobre os preparativos. Em 2011, no entanto, as relações do ministério com o Consórcio Copa 2014 viraram tema de uma investigação no TCU. Isso porque os serviços da consultoria, que deveriam custar R$ 13 milhões, acabaram saindo por R$ 48 milhões. De acordo com o TCU, o ministério fez pagamentos indevidos ao consórcio. O tribunal de contas informou até que houve "enriquecimento ilícito" dos sócios da empresa. Por tudo isso, em dezembro, o TCU recomendou ao Ministério do Esporte que o contrato com o Consórcio Copa 2014 não fosse renovado. Ele terminou no dia 30 de julho. Até hoje, o ministério não conseguiu realizar uma licitação para contratar uma nova consultoria para prestar os mesmo serviços. A concorrência para isso já está aberta. Interessados devem entregar na segunda-feira propostas de trabalho para o governo. O ministério estima que R$ 9,5 milhões sejam gastos com o serviço, que durará 18 meses.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Parte do dinheiro de amistosos da seleção era desviado, diz jornal

A realização de amistosos da seleção brasileira é uma das principais fontes de renda da CBF. Mas, em vez de o dinheiro ganho com estes jogos ser depositado em contas no Brasil, parte dos cachês pagos pelos times ia diretamente para o exterior. A denúncia é do jornal O Estado de S. Paulo, desta quinta-feira, e acusa o presidente do Barcelona Sandro Rosell, em práticas que teriam acontecido na gestão de Ricardo Teixeira, a partir de 2006. A cobrança da CBF por amistosos com a seleção brasileira varia, mas desde rivais pequenos como Gabão e Estônia, paga-se pelo menos US$ 1 milhão por partida. A ISE, empresa com sede nas Ilhas Cayman, tem o direito de organizar os jogos. De acordo com as fontes ouvidas pela publicação, "nem todo o dinheiro que saía das federações estrangeiras, direitos de imagem ou governos de outros países era enviado ao Brasil. O destino eram contas nos EUA". Um documento obtido pelo jornal mostra que a ISE recebia como lucros da partida cerca de US$ 1,6 milhão. Deste total, US$ 1,1 milhão retornava à CBF como pagamento. O restante não era contabilizado pela entidade. Em um contrato obtido pelo O Estado de S. Paulo, o restante de cerca de US$ 450 mil seriam mandado para contas nos EUA em nome de uma empresa com assinatura de Alexandre R. Feliu, nome oficial de Sandro Rosell Feliu, ex-representante da Nike no Brasil, presidente do Barcelona e amigo de Ricardo Teixeira. O esquema de ganho de dinheiro por meio dos amistosos teria começado na Argentina, quando Julio Grondona comandava a confederação local. O Brasil copiou o modelo de trabalho e, com Rosell, buscou acordos amplos para fechar os amistosos e aumentar o lucro. À ISE cabe garantir rivais, estádios e condições para o jogo, e em troca a empresa ganha com as receitas de bilheteria e vendas de pacote de transmissão para outros países. O atual presidente do Barcelona foi investigado no Brasil por conta do amistoso Brasil x Portual de 2008, em Brasília. Questionado sobre os depósitos em contas no exterior, o atual presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que desconhece detalhes sobre os pagamentos feitos antes de sua ascensão ao comando da entidade.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Em entrevista com Scheila Carvalho, Record se nega a falar sobre traição

Eliminada com 35% dos votos depois de disputar a preferência do público com Bárbara Evans em "A Fazenda 6", Scheila Carvalho concedeu entrevista ao programa Hoje em Dia, na manhã desta quarta-feira (14). Alegando uma decisão editorial, a emissora se negou a falar sobre a traição de Tony Salles. A explicação partiu da apresentadora Chris Flores, no fim do programa. Segundo ela, a decisão foi tomada em respeito à apresentadora que ainda não sabia do ocorrido. De acordo com o programa, por questões contratuais, os participantes que deixam o reality show são impedidos de ter contato com a família ou assessores até o meio-dia do dia seguinte à eliminação. A apresentadora disse ainda que assim que Scheila recebesse a notícia, após o programa e com o acompanhamento de uma psicóloga, as portas da emissora estarão abertas caso ela queira se pronunciar sobre o caso. Scheila ouviu às declarações de Chris Flores de cabeça baixa e foi avisada pela apresentadora que estava tudo bem com Giulia, filha da ex-confinada com Tony Salles. Durante o programa, Scheila comentou sua participação em "A Fazenda" e chegou a dizer que se arrependeu da amizade com Denise. "Analisando pelo lado do jogo, posso dizer que me arrependi porque pela conversa das outras pessoas, eles estavam achando que eu estava sendo conivente com ela, mas eu estava apenas aconselhando". Ao assistir cenas de outros participantes falando sobre ela, Scheila comentou que Mateus "fala demais" e se mostrou surpresa com as declarações de Paulo Nunes, que considerava um amigo na casa. Questionada sobre a possibilidade da amizade com Denise ter prejudicado o seu desempenho no programa, Scheila disse que estava perdendo a paciência com as alterações de humor da advogada. "Eu já estava perdendo a paciência porque ela é bipolar. Ela é prestativa, tem um coração bom, ela te defende. Ela é muito amiga, mas tem aqueles momentos que, socorro", declarou. "Comecei a perceber isso anteontem porque ela estava muito apegada a mim e me separando do resto da casa, querendo me envenenar contra o resto da casa", completou Scheila. A ex-dançarina chorou ao ver os depoimentos dos outros participantes. Paulo Nunes, Beto Malfacini, Marcos Oliver, Bárbara Evans, Andressa Urach, Gominho, Denise e Mulher Filé deixaram mensagens de apoio para a ex-confinada. Após o fim do programa, a blogueira Alessandra Siedschlag, comentarista de "A Fazenda" no programa "Hoje em Dia", declarou em seu perfil no Twitter que Scheila "desabou" ao receber a notícia. ela REALMENTE não sabe. tá desabando aqui. vai ser encaminhada pra psicóloga. — ale siedschlag (@alesie) August 14, 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Governo de PE usará dinheiro público para garantir lucro de consórcio com estádio por 30 anos

O Governo do Estado de Pernambuco vai utilizar recursos públicos para garantir que a empreiteira Odebrecht obtenha lucro na operação da Arena Pernambuco por 30 anos, até 2043, quando termina o contrato de PPP (parceria público-privada) entre o Estado e a empresa, que construiu e administra o estádio que foi construído para a Copa do Mundo de 2014. Sucessivas alterações contratuais feitas de 2010 até hoje, porém, tornam impossível saber quanto isso vai custar para o contribuinte pernambucano. Isso porque o contrato original estabelecido entre as partes em junho de 2010 previa uma projeção de receita para arena de R$ 73 milhões por ano a ser obtida com a renda de, pelo menos, 20 jogos por ano de cada clube grande de futebol da capital: Sport, Santa Cruz e Náutico. Além desse montante, o governo estadual também estava comprometido a pagar parcelas fixas anuais de R$ 4 milhões à construtora e administradora do equipamento, a título de contrapartida pela construção e manutenção do estádio, até 2043. Com isso, garantia-se uma receita total de R$ 2,3 bilhões à Odebrecht com a arena, apenas considerando as receitas vindas da contrapartida estadual (R$ 120 milhões) e da bilheteria das partidas dos clubes de Recife (R$ 2,19 bilhões). No contrato, o governo se comprometia a fazer com que os clubes jogassem na arena nos próximos 30 anos, caso contrário ele mesmo arcaria com o prejuízo. Pois bem, o estádio foi entregue em dezembro do ano passado. Dos três times que deveriam jogar suas principais partidas lá nos próximos 30 anos, somente o Náutico – o de menor torcida – assinou contrato com a administradora do estádio. Assim, o governo pernambucano foi obrigado a rever seus compromissos, por meio de aditivo ao contrato: “O Estado de Pernambuco reconhece a existência de risco razoável de os três principais clubes de futebol pernambucanos não formalizarem, de imediato, o compromisso firme de utilizarem a Arena Pernambuco em suas 60 melhores partidas por ano, frustrando a condição de eficácia prevista na cláusula 71.1, item II, do contrato”. Ou seja, caso o lucro da Odebrecht não seja o esperado nas próximas três décadas – e certamente não será, visto que somente um terço dos jogos previstos de fato acontecerão no estádio – quem vai pagar a conta é o povo pernambucano. De quanto será esta conta extra? Ninguém sabe até agora. É que o governo estadual, embora soubesse desde o ano passado que Sport e Santa Cruz não iriam utilizar a Arena Pernambuco, deixou para encomendar um novo estudo viabilidade econômica da arena somente no mês passado. Assim que acabou a Copa das Confederações e o estádio passou ao controle da Odebrecht, o governo pernambucano publicou no Diário Oficial que a IFL Empreendimentos e Tecnologia fora escolhida para “a objetiva constituição de novo plano de negócios da Arena e consequente aditivo contratual”. O relatório da consultoria ainda não foi divulgado. Para ficar mais claro: primeiro o Estado de Pernambuco garantiu em contrato que iria dispor de recursos públicos para garantir o lucro da Odebrecht com a Arena Pernambuco pelos próximos 30 anos, e só depois de a obra ser entregue é que foi tentar descobrir quanto de dinheiro do contribuinte está empenhando no negócio. E ainda não é tudo. Oficialmente, até agora, o custo da obra, entregue inacabada em dezembro de 2012, é de R$ 532 milhões (em 2010, previa-se que seriam R$ 389 milhões). Acontece que a obra teve que ser acelerada em sua reta final para que pudesse ser entregue até dezembro do ano passado (e não mais dezembro deste ano), podendo, assim, ter sido utilizada na Copa das Confederações. Com a alteração no calendário, vieram aditivos à obra, a serem pagos pelo Estado. É que foi necessário contratar mais um turno de mão de obra e fazer modificações que encareceram o projeto, na medida em que tornaram sua execução mais ágil. E em quanto isso encareceu o projeto? Ninguém sabe oficialmente, os custos da obra ainda estão sendo contabilizados, informa o governo estadual, adicionando que o estudo de viabilidade ora em elaboração também será levado em conta nos cálculos. Resumindo, de quanto vai ser a conta, ninguém sabe, mas quem vai pagar, ah, isso é líquido e certo: o povo de Pernambuco.

Governo de PE usará dinheiro público para garantir lucro de consórcio com estádio por 30 anos

O Governo do Estado de Pernambuco vai utilizar recursos públicos para garantir que a empreiteira Odebrecht obtenha lucro na operação da Arena Pernambuco por 30 anos, até 2043, quando termina o contrato de PPP (parceria público-privada) entre o Estado e a empresa, que construiu e administra o estádio que foi construído para a Copa do Mundo de 2014. Sucessivas alterações contratuais feitas de 2010 até hoje, porém, tornam impossível saber quanto isso vai custar para o contribuinte pernambucano. Isso porque o contrato original estabelecido entre as partes em junho de 2010 previa uma projeção de receita para arena de R$ 73 milhões por ano a ser obtida com a renda de, pelo menos, 20 jogos por ano de cada clube grande de futebol da capital: Sport, Santa Cruz e Náutico. Além desse montante, o governo estadual também estava comprometido a pagar parcelas fixas anuais de R$ 4 milhões à construtora e administradora do equipamento, a título de contrapartida pela construção e manutenção do estádio, até 2043. Com isso, garantia-se uma receita total de R$ 2,3 bilhões à Odebrecht com a arena, apenas considerando as receitas vindas da contrapartida estadual (R$ 120 milhões) e da bilheteria das partidas dos clubes de Recife (R$ 2,19 bilhões). No contrato, o governo se comprometia a fazer com que os clubes jogassem na arena nos próximos 30 anos, caso contrário ele mesmo arcaria com o prejuízo. Pois bem, o estádio foi entregue em dezembro do ano passado. Dos três times que deveriam jogar suas principais partidas lá nos próximos 30 anos, somente o Náutico – o de menor torcida – assinou contrato com a administradora do estádio. Assim, o governo pernambucano foi obrigado a rever seus compromissos, por meio de aditivo ao contrato: “O Estado de Pernambuco reconhece a existência de risco razoável de os três principais clubes de futebol pernambucanos não formalizarem, de imediato, o compromisso firme de utilizarem a Arena Pernambuco em suas 60 melhores partidas por ano, frustrando a condição de eficácia prevista na cláusula 71.1, item II, do contrato”. Ou seja, caso o lucro da Odebrecht não seja o esperado nas próximas três décadas – e certamente não será, visto que somente um terço dos jogos previstos de fato acontecerão no estádio – quem vai pagar a conta é o povo pernambucano. De quanto será esta conta extra? Ninguém sabe até agora. É que o governo estadual, embora soubesse desde o ano passado que Sport e Santa Cruz não iriam utilizar a Arena Pernambuco, deixou para encomendar um novo estudo viabilidade econômica da arena somente no mês passado. Assim que acabou a Copa das Confederações e o estádio passou ao controle da Odebrecht, o governo pernambucano publicou no Diário Oficial que a IFL Empreendimentos e Tecnologia fora escolhida para “a objetiva constituição de novo plano de negócios da Arena e consequente aditivo contratual”. O relatório da consultoria ainda não foi divulgado. Para ficar mais claro: primeiro o Estado de Pernambuco garantiu em contrato que iria dispor de recursos públicos para garantir o lucro da Odebrecht com a Arena Pernambuco pelos próximos 30 anos, e só depois de a obra ser entregue é que foi tentar descobrir quanto de dinheiro do contribuinte está empenhando no negócio. E ainda não é tudo. Oficialmente, até agora, o custo da obra, entregue inacabada em dezembro de 2012, é de R$ 532 milhões (em 2010, previa-se que seriam R$ 389 milhões). Acontece que a obra teve que ser acelerada em sua reta final para que pudesse ser entregue até dezembro do ano passado (e não mais dezembro deste ano), podendo, assim, ter sido utilizada na Copa das Confederações. Com a alteração no calendário, vieram aditivos à obra, a serem pagos pelo Estado. É que foi necessário contratar mais um turno de mão de obra e fazer modificações que encareceram o projeto, na medida em que tornaram sua execução mais ágil. E em quanto isso encareceu o projeto? Ninguém sabe oficialmente, os custos da obra ainda estão sendo contabilizados, informa o governo estadual, adicionando que o estudo de viabilidade ora em elaboração também será levado em conta nos cálculos. Resumindo, de quanto vai ser a conta, ninguém sabe, mas quem vai pagar, ah, isso é líquido e certo: o povo de Pernambuco.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

MPB virou som de 'barzinho', diz Miranda, produtor musical e jurado do 'Astros'

A cena musical paraense é a mais instigante da música brasileira." A despeito de participar ativamente dela, como diretor musical do primeiro disco de sua maior estrela, Gaby Amarantos, e de sua mostra musical mais abrangente, o festival Terruá Pará, Carlos Eduardo Miranda, 51, tem propriedade para opinar sobre esse tema. Um resumo rápido dos serviços prestados pelo músico e produtor à música brasileira desde os anos de 1980 inclui a fomentação do rock gaúcho, a atuação como empresário do Sepultura, a direção artística dos selos Banguela (que revelou o Raimundos) e Excelente, a idealização da Trama Virtual e a direção musical de discos de Mundo Livre S/A, Otto, Cansei de Ser Sexy, Rappa. Estudo mostra que maioria das pessoas escuta sempre as mesmas músicas Jurado do programa "Astros", do SBT, Miranda percorreu centenas de vezes o país nos últimos anos e afirma: "O funk está tomando o lugar do hip-hop". De sua casa, em São Paulo, ele falou à Folha. Eduardo Anizelli/Folhapress O músico e produtor Carlos Eduardo Miranda, jurado do programa 'Astros', em sua casa em São Paulo * Folha - O que é o som do Pará? Carlos Eduardo Miranda - O Terruá criou um dogma, unidade versus diversidade. Ele propõe que um artista olhe para o outro em busca do que têm em comum, que é a influência forte do Caribe, de merengue e do calipso, o que culminou com o tecnobrega, a guitarrada e a lambada, além do amor pelo brega. A cantora Gaby Amarantos é um bom resumo da cena? Não exatamente, mas ela tem quase todos os elementos da música de lá: o eletrônico, a percussão muito forte e as guitarras caribenhas do merengue. O sucesso dela impulsionou a cena, mas a cena se sustenta porque existem muitos outros nomes, como Lia Sophia, Aluê, Felipe Cordeiro, Gang do Eletro, Pio Lobato, Dona Onete. Quais as outras cenas mais consistentes? Em Curitiba tem muito artista pop. Em Goiânia e no Rio Grande do Sul há a resistência do rock. Em Cuiabá acontece muita coisa. E tem os núcleos de Rio e de São Paulo que se misturam muito, em torno de produtores em comum, como o Kassin e o Ganjaman, e de estúdios como o YB, da Vila Madalena. O que eles fazem pode ser chamado de nova MPB? Acho que esta turma não se preocupa em ser MPB, samba ou rock. Simplesmente é. E se pensar em música popular, não é popular! Popular é sertanejo universitário. E funk, que é a maior cena atual. A MPB tradicional é o quê, hoje? Esta virou a MPB de barzinho. Jorge Vercillo, Seu Jorge, Ana Carolina e Maria Gadú acham que estão fazendo MPB, mas essa galera é filha do barzinho, de uma música diluída, ao contrário da galera da qual estamos falando, que é mais ligada na raiz. É um fruto dos velhos moldes da indústria? Pode ser. A indústria vive hoje de um elemento único, básico e primordial: tudo tem a ver com o ato da reprodução. Ou é a MPB de barzinho, um lugar em que as pessoas vão para namorar, ou a música sertaneja, baseada no "vou pegar/ vou beijar", ou estas bandas de molequinho tipo NXZero, que faz música para a molecada aprender a "fazer filhinho". O rock perdeu o espaço? Tem tanta coisa boa misturada que ele virou um elemento. O rock daquela maneira mais ingênua virou música de velho. A molecada ouve indie rock, mas é um pequeno segmento. Os shows são caros, por isso o rock virou música de engenheiro, dentista. Aliás, o rock das grandes gravadoras, como o do Capital Inicial, também é "pra fazer filhinho", remete aos tempos de juventude do seu público. É para o cara que vai ao show se sentir viril e pensar: "Essa é do meu tempo!". E o hip-hop, que lugar ocupa neste cenário? Não é mais representativo. Tem grandes artistas, mas o povão está na diversão. O funk está tomando o lugar do hip-hop. Música de mano hoje é funk ostentação, que está desbancando tudo. E tem o funk do Rio, que continua firme. Ambos não competem entre si, mas juntos vão acabar com o sertanejo e o hip-hop. O grande público ainda se ressente do filtro das gravadoras? Claro que a gravadora era um filtro importante, mas o cara que não está vendo nada é porque não está procurando. Tem tanto artista que não há tempo para falar de todos. Esses artistas estão musicalmente prontos? Eles têm discos legais, mas o padrão ainda é muito independente. É preciso que aprendam a se traduzir melhor para o grande público, e isto implica em produzir melhor sua música. Mas o momento é de maturação, o povo vai se acostumando com uma linguagem diferente e a arte vai encontrando uma linguagem mais próxima do povo. Uma hora os dois se encontram.

domingo, 11 de agosto de 2013

Bolt ignora concorrência, corre os 100m em 9s77 e é bicampeão mundial

Ao ser anunciado antes da final dos 100m, Usain Bolt brincou e fingiu estar usando um guarda-chuva. Mas nem a pista mais pesada, molhada pela forte chuva que caiu em Moscou, atrapalhou o homem mais rápido do mundo. Após a tensão por uma nova queimada ser dissipada, o jamaicano correu muito para cravar 9s77 e vencer pela segunda vez o Mundial de Atletismo. O segundo título mundial serve como redenção após a frustração protagonizada no Mundial de 2011, na Coreia do Sul, quando o jamaicano queimou a largada na final e foi eliminado na defesa do título. O recorde mundial segue dele, com a marca de 9s58 conquistada há quatro anos. Atual bicampeão olímpico da prova (Pequim-2008 e Londres-2012) e dono do título Mundial em Berlim (2009), Bolt confirma o domínio absoluto dos 100m rasos. Bolt largou de forma conservadora e viu o norte-americano Justin Gatlin, maior concorrente, sair na frente. Como de costume, o jamaicano se recuperou na segunda metade da prova e cruzou a linha de chegada na frente. Carismático, o velocista comemorou com a torcida, depois com mascote, dançou e fez o tradicional raio. O norte-americano Juntin Gatlin ficou com a prata e o também jamaicano Nesta Carter ficou com a terceira posição. Mesmo com um Mundial esvaziado pelas ausências dos principais adversários – Asafa Powell e Tyson Gay foram pegos no doping e Yohan Blake está machucado – a marca obtida por Bolt mostra que ele é mesmo imbatível na prova. Usain Bolt segue na tentativa de superar Carl Lewis como o maior vencedor da história dos Mundiais. O jamaicano tem agora oito medalhas – seis de ouro e duas de prata - e precisa ganhar os 200m e o revezamento 4x100m. Assim, chegaria a oito ouros e duas pratas, resultado melhor que Lewis, que teve oito ouros, uma prata e um bronze.

Bolt ignora concorrência, corre os 100m em 9s77 e é bicampeão mundial

Ao ser anunciado antes da final dos 100m, Usain Bolt brincou e fingiu estar usando um guarda-chuva. Mas nem a pista mais pesada, molhada pela forte chuva que caiu em Moscou, atrapalhou o homem mais rápido do mundo. Após a tensão por uma nova queimada ser dissipada, o jamaicano correu muito para cravar 9s77 e vencer pela segunda vez o Mundial de Atletismo. O segundo título mundial serve como redenção após a frustração protagonizada no Mundial de 2011, na Coreia do Sul, quando o jamaicano queimou a largada na final e foi eliminado na defesa do título. O recorde mundial segue dele, com a marca de 9s58 conquistada há quatro anos. Atual bicampeão olímpico da prova (Pequim-2008 e Londres-2012) e dono do título Mundial em Berlim (2009), Bolt confirma o domínio absoluto dos 100m rasos. Bolt largou de forma conservadora e viu o norte-americano Justin Gatlin, maior concorrente, sair na frente. Como de costume, o jamaicano se recuperou na segunda metade da prova e cruzou a linha de chegada na frente. Carismático, o velocista comemorou com a torcida, depois com mascote, dançou e fez o tradicional raio. O norte-americano Juntin Gatlin ficou com a prata e o também jamaicano Nesta Carter ficou com a terceira posição. Mesmo com um Mundial esvaziado pelas ausências dos principais adversários – Asafa Powell e Tyson Gay foram pegos no doping e Yohan Blake está machucado – a marca obtida por Bolt mostra que ele é mesmo imbatível na prova. Usain Bolt segue na tentativa de superar Carl Lewis como o maior vencedor da história dos Mundiais. O jamaicano tem agora oito medalhas – seis de ouro e duas de prata - e precisa ganhar os 200m e o revezamento 4x100m. Assim, chegaria a oito ouros e duas pratas, resultado melhor que Lewis, que teve oito ouros, uma prata e um bronze.