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sábado, 12 de julho de 2014

J. César pode fechar sua última Copa com mais gols sofridos que defesas

Júlio César não esperou a Copa do Mundo acabar para dizer adeus. Antes de sair do Mineirão, na última terça, após o 7 a 1 sofrido para a Alemanha, o goleiro anunciou que não tentará ir a 2018, na Rússia, e fará sua última partida no torneio neste sábado, contra a Holanda. Dependendo do que acontecer no estádio Mané Garrincha, o homem de confiança de Felipão encerrará sua passagem pela competição com mais gols sofridos do que defesas, marca inusitada para alguém da sua posição. O dado é reflexo da goleada sofrida na semifinal, mas expõe o quão pouco Júlio César participou dos seis jogos que o Brasil fez nessa Copa do Mundo até agora. Somadas todas as partidas, o camisa 12 do Brasil foi vazado em 11 gols, pior marca do torneio e recorde em todas as participações da seleção. O goleiro verde-amarelo, por sua vez, fez somente nove defesas, segundo dados da Fifa. Em resumo, das 20 bolas que foram ao gol do Brasil, 55% entraram, número muito alto para uma seleção do nível da brasileira. O alemão Neuer, para efeito de comparação, fez 24 defesas ao longo do torneio e sofreu só quatro gols. Só diante do Brasil, ele parou Paulinho, Oscar e Marcelo, enquanto Júlio só conseguiu, no máximo, defender o primeiro chute de Klose, dando rebote no pé do mesmo atacante, que completou para as redes. Se mantiver as poucas defesas na disputa do terceiro lugar contra a Holanda, Júlio César acrescentará mais um dado negativo a um currículo respeitável na seleção. Com 86 jogos, o ex-flamenguista entrou em campo em 12 oportunidades pelo Brasil em duas Copas do Mundo e é o quarto que mais jogou em sua posição, atrás apenas de Taffarel (18), Gylmar (14) e Emerson Leão (13). Infelizmente, as marcas não foram acompanhadas do título que ele mais queria. Em 2006, reserva de Dida, ele viu a constelação brasileira perder da França por 1 a 0. Quatro anos depois, um dos líderes do grupo dunguista, ele foi protagonista ao falhar em um dos gols diante da Holanda. Na última terça, pouco fez para evitar o 7 a 1 diante da Alemanha, ainda que tenha vivido seu momento de herói contra o Chile. "É porque não tinha de ganhar. Fico feliz comigo mesmo porque eu tentei. Fiz de tudo para estar na Copa, fiz de tudo para ganhar. Deixar Copa levando sete gols é triste", disse Júlio César, que desde 2003 participou das conquistas da Copa América de 2004 e das Copas das Confederações de 2009 e 2013.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Alemães fazem doação de R$ 30 mil para índios Pataxó na BA

A seleção alemã de futebol anunciou na manhã desta sexta-feira a doação de cerca de R$ 30 mil (10 mil euros) aos índios Pataxó de Coroa Vermelha, no litoral da Bahia. A Federação Alemã de Futebol postou a imagem de um cheque simbólico nominal à aldeia Pataxó em sua conta no Instagram. Os alemães chegaram na Vila Santo André, em Santa Cruz Cabrália (BA), no dia 8 de junho. No dia seguinte, receberam a visita dos índios Pataxó, no primeiro treino aberto da equipe em solo brasileiro. Na ocasião, os índios dançaram, cantaram músicas tradicionais da etnia, enquanto os alemães, que permaneceram sentados, aplaudiram bastante. Naquela data foi feita uma celebração especial para o atacante Miroslav Klose, que completava 36 anos. Como presente dos indígenas ele ganhou um chocalho e um arco e flecha. O goleiro Manuel Neuer foi presenteado com um cocar. Ao fim do treino, houve uma sessão de fotos entre os índios e os atletas alemães. Desde a chegada da delegação alemã na Bahia, foi criada uma relação próxima com a população local, atraindo a simpatia de todos. Nem mesmo os 7 a 1 aplicados no Brasil fizeram com que a situação se modificasse.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Argentina diz que 7 a 1 sobre Brasil não é motivo para ter medo da Alemanha

A impressionante goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre a seleção brasileira, no Mineirão, pelas semifinais da Copa do Mundo, não é algo que amedronte os argentinos para a decisão que será disputada no Maracanã no domingo. Questionados depois da vitória nos pênaltis sobre a Holanda sobre o desempenho alemão, os argentinos disseram que o que aconteceu foi um acaso e fruto de uma baixa psicológica e desorganização tática do Brasil depois de levar o segundo gol. Foi consenso entre eles de que o resultado não mete medo. "Não, seguramente não foi uma partida normal. Não acontecem sete gols em um jogo de times semifinalistas. Mas tem nosso respeito normalmente", falou o zagueiro Demichelis. "Ficou claro que depois dos dois gols da Alemanha, a organização tática do Brasil se foi, e o time passou a dar espaços para a Alemanha, que com um time de qualidade que tem passou a aproveitar. Cada partida é diferente uma da outra", endossou o volante Biglia. "Isso (7 a 1) não acontece muitas vezes, é muito difícil de ver. Sabemos que a Alemanha é uma grande seleção, com grandes jogadores. Ver algo de muito positivo de Alemanha por isso (goleada) é difícil", falou o meio-campista Enzo Perez. O atacante Higuain não quis nem saber de falar sobre a goleada da Alemanha depois e disse que o time europeu também tem que se preocupar com a Argentina. "Não é uma pergunta pra nós isso, mas sobre a final apenas. Vamos ver o que acontece domingo. Tem que perguntar o que os alemãs esperam de nós também, porque chegamos em uma final. Temos que respeitar, mas eles também têm que nos respeitar", falou o atacante. Argentina e Alemanha se enfrentarão no próximo domingo, no Maracanã, na grande decisão do Mundial. Um dia antes, Brasil e Holanda fazem melancólica disputa pelo terceiro lugar na cidade de Brasília.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Capitães na semifinal: como os donos da faixa contam histórias das seleções

Lionel Messi, Philipp Lahm, Robin van Persie e Thiago Silva. Em ordem alfabética, esses são os quatro candidatos a erguer a taça da Copa do Mundo no dia 13 de julho deste ano, no Maracanã. São quatro jogadores de perfis totalmente diferentes, que ascenderam de formas diferentes, mas que se aproximam por não serem totalitários. Os capitães de Argentina, Alemanha, Holanda e Brasil são pontos importantes para entender as seleções que ainda postulam o título. Nesta terça-feira, por exemplo, o Brasil jogará sem seu capitão. Suspenso por acúmulo de cartões amarelos, Thiago Silva verá David Luiz com a faixa na semifinal da Copa, contra a Alemanha, no Mineirão. Não há símbolo maior do quanto a liderança do grupo de atletas é dividida na atual seleção. Do outro lado, Lahm é o líder pelo exemplo. O lateral está em sua terceira Copa e representa muito do estilo de futebol que a Alemanha tenta impor em 2014. Está entre os líderes de passes na seleção que mais toca a bola no torneio, por exemplo.

domingo, 6 de julho de 2014

Sem Neymar, seleção precisará apelar mais do que nunca ao "estilo Felipão"

Quando passou apertado pelo Chile nas oitavas, Felipão adiantou que precisava retomar seu velho estilo. Agora, sem Neymar, o treinador terá de voltar mais do que nunca às antigas. Com a perda do diferencial ofensivo, Brasil fica mais dependente da marcação forte e da bola parada, velhas armas do comandante verde-amarelo. Os números de Neymar na seleção mostram que jogar o fim da Copa sem o camisa 10 não será missão das mais fáceis. Além de artilheiro do time com quatro gols, o atacante é quem mais corre com a bola, quem mais chuta e é a peça-chave da criação brasileira. Sem ele, é difícil pensar até na escalação ideal. Willian e Bernard, mais ofensivos, seriam as opções mais recomendáveis para Felipão. O problema é que o Brasil enfrenta, logo de cara, a Alemanha, um dos times mais ofensivos da Copa do Mundo, com pujança de bons nomes em seu ataque. Por isso, não é difícil imaginar uma formação mais cautelosa para a seleção. Nesse cenário, Ramires e até mesmo Luiz Gustavo poderiam ser alternativas de Felipão. O primeiro é versátil e pode se dividir entre criar e combater. O segundo é, até que se prove o contrário, titular da seleção. Só que no último jogo, suspenso, o volante viu Paulinho e Fernandinho formarem uma boa dupla. Por isso, também não se pode descartar um time com os três juntos, povoando a área do campo em que o time alemão é mais forte. Seja quem for a opção de Felipão, vale a pena esperar por um time mais viril, como foi contra a Colômbia. Já contaminado pelo estilo do treinador, o Brasil abusou das faltas nas quartas, especialmente com Fernandinho, encarregado de parar James Rodriguez. Nenhuma novidade na carreira de Felipão. Como ele mesmo já ressaltou em entrevistas anteriores, jogar bonito não é exatamente uma das preocupações das suas equipes. "Volante goleador só é bonito para a imprensa", disse o treinador no ano passado à Folha de S. Paulo, em uma de suas primeiras entrevistas após o retorno à seleção brasileira. Volante não pode, mas zagueiro sim. Se Neymar não estava exatamente brilhando, coube aos zagueiros do time ajudar o Brasil a chegar à semifinal. Para superar Chile e Colômbia, a seleção contou com gols de David Luiz (2) e Thiago Silva, todos em jogadas de bola parada, outra marca do treinador. Contra a Alemanha, manter esse ritmo, ou aumentar a dosagem do "estilo Felipão", podem ser o caminho.