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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mercedes não vai deixar a F1, afirma Ecclestone

diretor da FOM (Formula One Management), Bernie Ecclestone, minimizou os rumores de que a Mercedes deixará a F1 no final do ano, em entrevista ao site “ESPNF1.com”. “Duvido muito. No momento, eles estão preocupados, porque sentem que não estão sendo tratados da mesma forma como a Ferrari. Todos estes acertos comerciais são definidos de acordo com o tempo de permanência e os resultados obtidos por estas equipes na F1. Infelizmente, a Mercedes entrou na categoria há poucos anos”, afirmou o dirigente. Os acordos citados por Ecclestone são referentes ao Pacto de Concórdia, contrato que estabelece os termos comerciais para as equipes que disputam a F1. O atual acordo expira no final deste ano, mas uma extensão para 2013 foi acertada pelas equipes, à exceção da Mercedes. Nos termos do atual contrato, as dez melhores equipes do grid dividem 50% dos lucros da F1 como prêmio em dinheiro, além de uma taxa extra para a Ferrari, devido a seu status histórico. O novo acordo, no entanto, prevê uma percentagem para todas as equipes que alinharam no grid desde 2000 sem alterar o nome, com recompensas adicionais para times que venceram o Mundial de Construtores. Além disso, como parte dos planos de abertura do capital da F1 na bolsa de Cingapura, ainda neste ano, Ferrari, McLaren e Red Bull ganharão vagas no conselho administrativo do esporte. Ferrari e Red Bull serão representadas por seus respectivos presidentes, Luca di Montezemolo e Dietrich Mateschitz. A McLaren não definiu seu representante, mas a decisão parece estar entre Ron Dennis, ex-chefe do time, e Salman bin Hamad al-Khalifa, príncipe herdeiro do Bahrein – o fundo de investimentos local Mumtakalat possui metade das ações na equipe. “Ainda não decidiram quem ficará com a vaga. Como os principais acionistas [da McLaren], o pessoal no Bahrein provavelmente deve ficar com carro isso, mas sinceramente, não me importo. Não dissemos que tem que ser isso ou aquilo. Supomos que o Bahrein seja o representante da McLaren, porque eles são donos de 50% da equipe. Pensei que provavelmente seria o senhor [Ron] Dennis”, disse Ecclestone. Por conta das diversas mudanças de nome nos últimos anos – o time começou como Tyrrell nos anos 1960 e depois virou BAR, Honda e Brawn –, a Mercedes acaba não sendo favorecida pelo novo acordo. Segundo Ecclestone, a montadora alemã perdeu a chance de ganhar o direito ao pagamento adicional no Pacto de Concórdia ao desistir de comprar a McLaren durante os anos 2000, quando detinha 40% das ações na equipe. “Eles poderiam ter comprado a McLaren há alguns anos e se tivessem tomado a decisão correta, não estariam na atual situação. Na verdade, era o que esperávamos que eles fizessem”, disse Ecclestone. Em vez de comprar a equipe com a qual mantinha parceria há 15 anos, a Mercedes preferiu assumir a Brawn em 2010 e estabelecer seu próprio time, vendendo suas ações no time de Woking aos sócios Ron Dennis e Mansour Ojjeh (dono do grupo saudita TAG). Mesmo diante do impasse, o diretor executivo da Mercedes, Nick Fry, negou recentemente que a equipe alemã sairá da F1. No início desta semana, a montadora ratificou sua posição de seguir na F1 ao anunciar o acordo com um novo patrocinador – os relógios suíços IWC Schaffhausen – a partir do ano que vem.