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domingo, 4 de agosto de 2013
São Paulo usa vitória para promover troca de elogios e esquecer crise
A sequência de 14 jogos sem vencer criou uma crise sem precedentes no São Paulo. Diante da má fase, notícias de desentendimento interno entre os atletas e até troca de farpas públicas, como a protagonizada por Rogério Ceni e o ex-diretor Adalberto Baptista, mostraram quão turbulento estava o clima no clube. Bastou uma vitória, no entanto, para que o elenco tentasse mostrar uma imagem completamente diferente. Após o 2 a 0 sobre o Benfica, no último sábado, jogadores e o técnico Paulo Autuori tentaram transmitir a sensação de um bom ambiente.
Ainda no vestiáriodo estádio da Luz, em Lisboa, e depois na entrevista coletiva, o treinador tricolor fez questão de agradecer o empenho e a garra dos atletas e chegou a dizer que o esforço que eles têm feito nesta turnê do clube é “sobre-humano”. Do outro lado, os jogadores fazem fila para elencar as qualidades do novo comandante.
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Líder e capitão da equipe, Rogério Cenifez questão de levar o treinador para comemorar ao lado dos atletas no pódio, após a conquista da Copa Eusébio. Além da atitude, o goleiro também creditou boa parte do resultado positivo ao técnico, dizendo que a “paciência e a tranquilidade” de Autuori têm sido fundamentais para esta virada do time.
Quem fez coro com o capitão foi o atacante Aloisio, responsável por quebrar o jejum de seis partidas sem que o time balançasse as redes. Para ele, o estilo conciliador de Autuori tem feito a diferença nesta turnê pela Europa.
“Quem tem que agradecer ao Paulo somos nós pelo grande treinador que ele é, a grande pessoa que ele é. Cada vez que voltamos a campo atrás do placar ou não jogando bem, ele tem uma palavra de conforto, de ajuda, que nos coloca sempre para cima. Essa vitória, que será a primeira de muitas, é para ele, ele merece muito”, afirmou o atacante.
Com esses gestos, treinador e atleta tentam demonstrar que, embora a crise de resultados, o ambiente no clube melhorou, bem diferente do que acontecia com o antecessor Ney Franco. Após a saída do treinador, alguns atletas demonstraram publicamente insatisfação com o trabalho realizado. Ceni chegou a dizer que o legado deixado pelo antigo treinador era zero e que, com Autuori, o São Paulo, por fim, tinha um líder.
Outro jogador que não escondeu as diferenças com Ney Franco foi o volante Fabrício, que havia sido afastado pelo antigo treinador e foi reintegrado por Autuori.
Na avaliação da comissão técnica e da diretoria, a maratona de jogos do time tricolor pela Europa e Japão têm como ponto positivo o fato de aproximar mais o grupo. Autuori tem conversado em particular com alguns jogadores e tentado valorizar aqueles que vem sendo pouco utilizados, como é o caso do meia Paulo Henrique Ganso. Outra estratégia do treinador é não dizer publicamente que necessita de reforços, embora nos bastidores a diretoria trabalhe para isso.
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