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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Palmeiras utiliza Flamengo para negociar com a Adidas

Um dos pontos mais importantes que a diretoria do Palmeiras tenta resolver antes das eleições presidenciais é a negociação com a Adidas, fornecedora de material esportivo para a equipe. O vínculo atual se encerra em dezembro deste ano e ainda existem algumas divergências entre o clube e a empresa. O presidente Paulo Nobre quer uma valorização da marca do time. O contrato atual é considerado muito ruim para o clube, na opinião de conselheiros e alguns membros da diretoria. O contrato começou em 2010 e foi assinado pelo ex-presidente Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo. O clube recebeu R$ 17 milhões até 2013 e, nesta temporada, por ser ano de centenário, o valor subiu para R$ 19 milhões. A indignação dos palmeirenses é que o Fluminense, que em todas as pesquisas mostra ter uma torcida menor e consome menos, recebe R$ 20 milhões por temporada. Nestes valores não são contados a quantia gasta pela Adidas no fornecimento do uniforme. Uma carta na manga dos palmeirenses é o fato de o clube ser o quinto que mais vende camisas da marca em todo o mundo, atrás apenas de Real Madrid, Milan, Chelsea e Bayern de Munique. O fato de ter sido lançado vários novos modelos neste ano, para comemorar o centenário, impulsionou as vendas. O sonho de Paulo Nobre é conseguir fechar um acordo que se aproxime do pomposo contrato recebido pelo Flamengo, que arrecada cerca de R$ 30 milhões por temporada em um contrato de 10 anos, além de um aumento nos investimentos do material esportivo. Além da questão financeira, os dois lados do negócio reclamam da visibilidade. O Palmeiras acredita que a empresa poderia distribuir mais material para ser vendido nas lojas. A camisa amarela, que fazia referência à seleção brasileira, por exemplo, fez tanto sucesso que muitos torcedores reclamaram de dificuldade para comprá-la. A Adidas acha que o clube deveria ter trabalhado mais o marketing e a marca nas ações para celebrar o centenário. Embora Paulo Nobre bata o pé e não abra mão de aumentar os valores, um ponto joga contra o Palmeiras. Algumas empresas sondaram o clube, mas nenhuma chegou com proposta e disposta a assumir o posto da Adidas, de fato. A Under Armour, empresa inglesa que está chegando ao Brasil, e a Puma foram algumas das que sondaram, mas o interesse não foi adiante. Apesar das contradições, os dois lados acreditam em um final feliz, já que, na somatória, os dois estão felizes com a parceria. A ideia é renovar o contrato por mais duas temporadas e a intenção é deixar tudo bem encaminhado, mas a assinatura do novo acordo seria feita só depois da eleição presidencial do clube, marcada para 29 de novembro. NOBRE REFORÇADO - Luiz Carlos Granieri, que tentou se candidatar na eleição do Palmeiras, mas não passou pelo filtro dos conselheiros, resolveu apoiar Nobre na disputa contra Wlademir Pescarmona. O conselheiro alega que as suas ideias são mais parecidas com as do atual mandatário do que o oposicionista. Na prática, Granieri pode levar poucos votos para Paulo Nobre, mas a expectativa é que a disputa seja bem equilibrada, por isso o apoio é considerado bem-vindo. Essa será a primeira eleição em que os sócios do Palmeiras poderão votar.

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