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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pelé: Se fosse brigar quando fui chamado de negro, processaria todo mundo

As polêmicas recentes envolvendo episódios de racismo no futebol são encaradas por Pelé como exageradas. Para ele, a indiferença seria a melhor resposta para "bandidos e doentes" que vão para os estádios para praticar a segregação. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Edson Arantes do Nascimento lembra que, ao longo de sua carreira nos campos, foi vítima de vários episódios de racismo em diversas partes do mundo, mas sempre preferiu ignorar os agressores. "Xingavam, mas nunca houve essa preocupação, essa atenção que foi dada para os que gostam de segregar. Se eu fosse brigar todas as vezes que me chamaram de negro nos Estados Unidos, na Europa, na América Latina e no Brasil, eu ainda estaria processando todo mundo", afirma o Rei do Futebol. A entrevista foi dada, nesta terça-feira (10), em Curitiba. Pelé esteve na capital paranaense para participar do lançamento de 19 cursos de pós-graduação à distância na área esportiva, que serão ofertados a partir deste ano pelo Grupo Uninter em todo o país. Entre as novas formações estão Gestão Profissional do Futebol, Direito Desportivo e Políticas Públicas para o Esporte. "Uma das grandes experiências que eu tive foi quando saí do Brasil e passei seis anos nos Estados Unidos. Lá, o futebol e todas as modalidades são muito mais valorizados nas escolas e universidades que no Brasil. Aqui, a profissionalização do esporte está atrasada", disse Pelé. Esse foi um dos primeiros compromissos públicos em que Pelé esteve presente após 16 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no final de 2014. O Rei do Futebol contou como foi o período de internação e também falou sobre a crise na administração dos clubes brasileiros, a torcida única em grandes clássicos e o desempenho da seleção brasileira.

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