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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ultraciclista Claudio Clarindo morre atropelado na Rio-Santos

O motorista Gabriel Bensdorf Aguiar de Oliveira, de 24 anos, que atropelou o ultraciclista Claudio Clarindo, 38, responderá pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele também será indiciado pelo crime de lesão corporal contra Jacó Amorim, 32, que pedalava com Clarindo. Segundo informações da Polícia, o motorista fez o teste do etilômetro e nada foi acusado quanto a ingestão de bebida alcoólica. O acidente ocorreu por volta das 8 horas desta segunda-feira (25), enquanto realizava um treinamento na Rodovia-Rio Santos. Ele pedalava no percurso com outros quatro ciclistas, quando, no km 244 da rodovia, Clarindo e Jacó foram atropelados por um motorista que vinha na direção contrária. Testemunhas que presenciaram o acidente afirmaram que o motorista teria saído chorando do carro, afirmando que havia dormido ao volante. A dupla foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá. Claudio já chegou morto no local. Amorim sofreu fraturas pelo corpo, inclusive no fêmur, e passou por cirurgia. Velório e enterro Amigos, parentes e fãs foram na noite desta segunda ao velório de Clarindo, na Memorial Necrópole Ecumênica, no bairro do Marapé, em Santos, dar o último adeus ao ciclista. O sepultamento está programado para as 14 horas desta terça (26), no mesmo local. Alcidio Michael Ferreira de Mello, o Cidão, secretário de Esportes de Santos, disse que “Clarindo era muito alegre e divertido, gostava de desafios”. As competições de que ele participava nos Estados Unidos eram assim, desafios. A imagem que fica é de uma pessoa do esporte, feliz e determinada a cumprir metas”. Paulo Eduardo Chieffi Aagaard, o Pauê, paratleta e escritor, assinalou que, “além de um grande atleta, Clarindo era uma grande pessoa, gostava bastante dele. Que Deus o receba de braços abertos”. Considerado o primeiro surfista biamputado do mundo, após ser atropelado por um trem, ele aproveitou o ocorrido com o ciclista para chamar a atenção à questão da segurança. “Fica o aviso para um olhar mais consciente e com responsabilidade nas vias”. De acordo com ele, os atletas que treinam nas estradas não encaram somente “o perigo de roubos. Tem também as fatalidades”. O jornalista Felipe Goulart, que trabalhou em um documentário que cobriu uma viagem ciclística de Clarindo do Rio de Janeiro a São Paulo, foi mais um a marcar presença para se despedir do atleta. Ele falou com alegria sobre a performance de Clarindo no desafio. “Ele fez o percurso com um pé nas costas. Das 24 horas previstas, ele completou o trajeto em 19 horas, chegou tranquilo e brincando”, disse. “Só que agora as homenagens não adiantam. Ficam o legado e a história”.

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