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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ministério perde equipe que monitora obras da Copa após irregularidades

Faltando dez meses para a Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Esporte não tem a estrutura necessária para monitorar os projetos relacionados ao torneio. O órgão não renovou um contrato com a empresa que elaborava relatórios sobre os preparativos para o Mundial após recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União). Agora, corre atrás de outra companhia para manter-se atualizado sobre como andam as obras e outras iniciativas em curso para o evento da Fifa. A pasta, chefiada por Aldo Rebelo, tem importância capital na preparação do Brasil para o Mundial de 2014. É o Ministério do Esporte quem comanda o Gecopa (Grupo Executivo da Copa do Mundo), o qual organiza e acompanha as ações do Poder Público visando a boa realização do torneio . O Gecopa é que inclui ou exclui obras na Matriz de Responsabilidade da Copa, por exemplo, documento que lista todos os projetos postos em prática para o Mundial. O grupo também acompanha possíveis mudanças no custo dessas ações e divulga relatórios periódicos sobre o andamento de cada item, os chamados balanços da Copa. Acontece que tudo isso é feito com base em informações repassadas por governos locais e por uma consultoria, o Consórcio Copa 2014, que trabalhava para o ministério. O consórcio composto pelas empresas Valeu Partners, Arcadis Logos e Galo PPM assinou contrato com o governo em 2009 e passava ao Gecopa dados sobre os preparativos. Em 2011, no entanto, as relações do ministério com o Consórcio Copa 2014 viraram tema de uma investigação no TCU. Isso porque os serviços da consultoria, que deveriam custar R$ 13 milhões, acabaram saindo por R$ 48 milhões. De acordo com o TCU, o ministério fez pagamentos indevidos ao consórcio. O tribunal de contas informou até que houve "enriquecimento ilícito" dos sócios da empresa. Por tudo isso, em dezembro, o TCU recomendou ao Ministério do Esporte que o contrato com o Consórcio Copa 2014 não fosse renovado. Ele terminou no dia 30 de julho. Até hoje, o ministério não conseguiu realizar uma licitação para contratar uma nova consultoria para prestar os mesmo serviços. A concorrência para isso já está aberta. Interessados devem entregar na segunda-feira propostas de trabalho para o governo. O ministério estima que R$ 9,5 milhões sejam gastos com o serviço, que durará 18 meses.

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